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Conde de São Bento: o benfeitor brasileiro de torna-viagem


Assinalamos os 200 anos da independência do Brasil recordando mais uma figura incontornável, brasileiro de torna-viagem e benfeitor da Misericórdia do Porto. 

Conhece o Conde de São Bento?  

Nasceu faz hoje 215 anos. 

(Re)descubra a sua história, que teve início na freguesia de São Miguel das Aves (Santo Tirso), passou pelo Pará (Brasil) e terminou na terra onde nasceu. 

A Misericórdia do Porto nos 200 anos da Independência do Brasil (1822-2022)! 




BRASILEIRO DE TORNA-VIAGEM E BENFEITOR 

Manuel José Ribeiro, primeiro Visconde e primeiro Conde de São Bento, Comendador de Nossa Senhora da Conceição, nasceu a 28 de agosto de 1807 na freguesia de São Miguel das Aves, do concelho de Santo Tirso, na Quinta de Poldrães, onde os seus pais, Domingos José Ribeiro e Rosa Maria Martins, eram caseiros. 

Após uma primeira tentativa infrutífera de viagem para o Brasil, em 1818, partiu novamente no ano seguinte com rumo ao Pará. Na costa deste Estado, o navio em que era passageiro afundou devido a uma pororoca, fenómeno que ocorre no rio Amazonas. Todavia, não houve mortes a lamentar entre a tripulação e os passageiros. Em Belém, capital da província do Pará, foi admitido como empregado na casa do Comendador José Bento da Silva.  

No contexto da emancipação do Brasil, em 1822 foi obrigado a pegar em armas e a alistar-se na guarda policial. Mais tarde, por razões desconhecidas, instalou-se nas cidades de Santarém e de Alenquer, no Baixo Amazonas, onde se manteve até 1832.  

Em 1837 estabeleceu-se definitivamente como negociante no Pará. Após 1866 confiou a sua casa comercial a um sobrinho, José Luís de Andrade, viajando pela Europa e pelos Estados Unidos da América. Regressou definitivamente a Portugal em 1874, à sua terra, iniciando uma nova fase da sua vida inteiramente dedicada à filantropia. 

O Conde de São Bento desempenhou um papel proeminente na instrução pública, mandando construir escolas no seu concelho para os dois géneros, além de apoiar a construção e o restauro de muitas igrejas paroquiais, a abertura de novas ruas e praças, de proteger muitas irmandades, ordens terceiras e confrarias, de que era irmão e juiz honorário. Em Santo Tirso foi, ainda, o principal patrono do hospital que mandou construir para a Misericórdia local. 

À Misericórdia do Porto legou 12.000$000 réis para o Hospital Geral de Santo António. 

Faleceu a 26 de março de 1893. 


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Crédito fotográfico  

Conde de São Bento 

José Alberto Nunes 

Século XIX (2.ª metade) 

Óleo sobre tela 

Col. Santa Casa da Misericórdia do Porto