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O MMIPO e a FLUP apresentam três exposições virtuais dedicadas à "Rua das Flores"
O MMIPO - Museu e Igreja da Misericórdia do Porto, a Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP), e o Centro de Investigação Transdisciplinar Cultura, Espaço e Memória (CITCEM), apresentam três exposições virtuais dedicadas à "Rua das Flores". Os conteúdos das exposições foram desenvolvidos por um grupo de estudantes do Doutoramento em Estudos de Património, especialização em História da Arte, da FLUP.
Aberta em 1521, em terrenos das hortas do Bispo do Porto, a Rua das Flores converteu-se num eixo de ligação entre as cotas baixa e alta da cidade, acompanhando as suas transformações urbanísticas e económicas. Pela sua largura, foi uma das primeiras a permitir a circulação de carros de tração animal, facilitando o escoamento dos produtos que chegavam, pelo rio e pelo mar, à zona ribeirinha. A designação de Santa Catarina das Flores deveu-se à especial devoção que D. Pedro da Costa, bispo da cidade à data da abertura da rua, nutria por esta Virgem Mártir. Na sua longa história, esta importante artéria comercial conheceu períodos de prosperidade e de declínio, tendo recuperado, nos últimos anos, a sua força económica e cultural, afirmando-se como palco privilegiado dos mais diversos espetáculos de rua.
No contexto do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios 2022, o MMIPO a FLUP e o CITCEM,  dão a conhecer ao público um conjunto de três exposições virtuais concebidas no contexto do ciclo de eventos que celebraram os 500 anos da Rua das Flores.
As exposições serão apresentadas no próximo dia 28 de abril  pelas 18.00h, na Igreja Privativa da Misericórdia do Porto, seguindo-se uma sessão que, refletindo a narrativa das exposições, terá como palco a própria Rua das Flores e ficarão disponíveis na plataforma Google Arts & Culture, na página da Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
As narrativas das três exposições são complementares entre si. Resultantes de um trabalho de curadoria assente em material visual que, na sua maioria, foi produzido para o efeito, as três exposições virtuais ensaiam uma leitura polissémica da Rua das Flores. A partir da contemporaneidade, o visitante é instruído a olhar a Rua ao detalhe - online ou offline -, através da desconstrução de camadas temporais. Em "Rua das Flores I. Usos" a atenção foca-se na Rua enquanto "Criação", espaço de diferentes "Usos" e "Mutações". A "Rua das Flores II. Materiais e Formas" mostra como o arruamento se fez e se transforma continuamente a partir de "Materiais. Formas. Texturas. Cores". Por fim, na "Rua das Flores III. Significados" são visíveis outras camadas históricas que marcaram esta tão determinante artéria da malha urbana do Centro Histórico do Porto. Expõem-se aqui, portanto, "Significados. Experiências. Sentidos".
Coordenadas pelas Professoras Ana Cristina Sousa (CITCEM/FLUP e DCTP/FLUP) e Maria Leonor Botelho (CITCEM/FLUP e DCTP/FLUP), a produção das exposições contou com o apoio do CITCEM e do MMIPO - Museu e Igreja da Misericórdia do Porto.